Gramínea de hábito decumbente, bastante enfolhada, formando denso relvado de até 100cm de altura. Folhas muito pubescentes e inflorescência racimosas contendo racemos com fila dupla de sementes também pubescentes, ráquilas em ziguezague e finas. As plantas são robustas, geniculada em alguns nós inferiores e pouco radicante. Os rizomas apresentam-se na forma de pequenos nódulos e emitem grande quantidade de estolões, bem enraizados e com pontos de crescimento protegidos (rizomas e gemas axilares).A sua difusão deu-se de forma acentuada, devido à boa produção e germinação de suas sementes, a alta produtividade em solos ácidos e de baixa fertilidade, com ótima adaptação a solos de cerrado, alta agressividade na competição com a vegetação nativa, elevada disseminação pela semeadura natural, formação de populações exclusivas, dispensando roçadas freqüentes e elevada persistência. Nas áreas cultivadas é considerada uma invasora de difícil controle. A decumbens recupera-se rapidamente após o pastejo e a queimada, além de apresentar boa tolerância ao sombreamento. Mesmo com boa tolerância a solos ácidos, responde bem a adubação e tem alto potencial produtivo em solos férteis. Não tolera solos inundados e é suscetível a cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta e Zulia entreriana). Cresce bem no verão, porém tem sua produção afetada por baixas temperaturas, sofrendo bastante com geadas.
A cobertura do solo é rápida, quando se utiliza uma boa densidade de semeadura. Esta característica permite uma boa proteção contra erosões do solo, sendo este material recomendado para áreas de declive acentuado.Esta espécie pode ser utilizada em pastejo direto pelos animais, servindo-se também para confecção de silagem e fenação. Bovinos em regime de engorda e cria conseguem boa produtividade neste pasto. Não recomendamos para eqüinos, ovinos e caprinos. Recomendamos que bezerros recém desmamados também não sejam colocados para consumir esta pastagem, pois, dependendo da região poderá apresentar problemas de fotossensibilização, devido à ação do fungo Pythomyces chartarum. Com um manejo adequado, evitando acúmulo de folhas mortas, através do aumento da intensidade de pastejo, podemos evitar ou diminuir a intensidade da doença.
Nome científico: Brachiaria decumbens Stapf. Prain.
Cultivar: Basilisk (CIAT 606 - IRI 822 - BRA 001058)
Fertilidade do solo: Média e baixa
Forma de crescimento: Touceira decumbente
Altura: 0,6 a 1,0m
Utilização: Pastejo direto, silagem e fenação
Digestibilidade: Boa
Palatabilidade: Boa
Precipitação pluviométrica: Acima de 800 mm anuais
Tolerância à seca: Boa
Tolerância ao frio: Média
Teor de proteína: 6 a 10% na MS
Profundidade de plantio: 1 a 2 cm
Ciclo vegetativo: Perene
Produção de forragens: 8 a 12 t/ha/ano de matéria seca (MS)
Cigarrinha das pastagens: Susceptível
Consorciação: Todas as leguminosas